Eu não sei, mas acho que a gente olha e pensa: “Quero pra mim”. Mas dá um frio na barriga, um tremor, um medo de depender de alguém, de sofrer, de escolher errado, de lutar por algo que não vale a pena. Porque o coração nem sempre é mocinho, as vezes ele também gosta de pregar peças, sei lá, talvez queira provar que também sabe ser vilão.
Você precisa de um daqueles amores falsos que te fazem se arrastar, e que depois te dão um enorme pé na bunda. E não, eu não te odeio. Só queria que a partir desses métodos (bem convencionais, por sinal), você passasse a perceber o que realmente gosta de você. Você precisa de amores falsos, pra aprender a valorizar os verdadeiros. E eu? Eu preciso de uma pequena dose de amor próprio. Algo como um sorriso quando as coisas estiverem difíceis, ou a procura de um novo, quando o velho já começar a falhar. E é isso que eu odeio em você. Você transmite esperança demais. Você coloca dez, onde não existe nem um. Eu e você. Sempre por aí, precisando de alguns solavancos pra ver se acordamos pra vida.
"A vida é tão maravilhosa porque também é
feita de colos, de feridas que cicatrizam, de amigos que celebram ou
choram junto. Feita de pessoas apaixonadas e apaixonantes, possíveis e
impossíveis, pessoas que machucam, pessoas que chegam pra curar."
