Ryan nasceu sem maiores dificuldades, e cresceu em Detroit interior de Michigan. Levou sempre uma vida pacata, nunca lhe faltando nada que o dinheiro pudesse comprar e que os carinhos de uma família típica pudesse comportar.
Ryan nessa época contava com seus 18 anos, e sentia-se diferente dos demais garotos de sua idade. Foi um menino calmo, sem preocupações, sem paixões estarrecedoras e sem amigos reais. Tinhas até algumas pessoas que Ryan nutriu certa afeição, chegando as vezes até a confiar, porém numa dessas descobriu a falsidade.
Esse menino foi desligado do mundo e das pessoas, sendo que somente lhe importou a felicidade de seus pais Cindy e Evan, e de seu irmão Calvin. Era vidrado em jogos eletrônicos, livros românticos, cinema e internet.
Foi numa quinta feira à noite quando, procurando amigos pra passar o tempo em um chat, conheceu Celine Greets, uma jovem de também 18 anos, que lhe pareceu amigável. Celine era uma garota típica de Ohio, classe media alta e linda como um jardim de cerejeiras.
O papo no chat foi longo, ambos se sentiram confortáveis e desenrolaram um bate-papo que perdurou toda a madrugada. Com o sol quase nascendo, trocaram seus e-mails e telefones, para que esse papo tão agradável da madrugada pudesse se repetir mais vezes.
A sexta-feira foi linda, talvez a mais perfeita. Ryan acordou com sorriso de orelha a orelha e se quer conseguiu realizar suas obrigações. Cursava a faculdade errada na UMass, e mesmo lá, sua cabeça permanecia em São Francisco. Era inexplicável o esse sentimento, e mesmo sem saber o que acontecia ou o que sentia, era diferente, era bom, era mágico.
Adveio a noite e o que Ryan pensava? Sim, em conectar-se no seu e-mail na tentativa de encontrar Celine. Na verdade foi tudo que pensou o dia todo.
Sem perda de tempo lá foi. Conectou-se bem antes do horário em que encontrara com Celine, para não correr o risco de perder o momento de sua conexão. Lá ficou.. Segundo a segundo aguardando com o coração na garganta por mais uma noite de companhia agradável.
O momento chegou.. Celine conectou-se e o coração que na garganta estava, saiu pela boca quase levando Ryan a óbito.
A noite e madrugada foi bem melhor do que o esperado. Fizeram videochamada, falaram de seus medos, suas rotinas.. Crescia ali um sentimento puro e recíproco. O que Ryan sentiu durante toda a sexta se repetiu na vida de Celine que, ansiosa, também aguardou o momento de novo contato.
Suas vidas eram parecidas, talvez por isso esse carinho e essa sintonia que tinham.