domingo, 6 de junho de 2010

Escultura Imortal

Nada vai retirar essa fleuma de que vivo. Nem as zabumbas que tocam violentas em meu peito, nem os alentos do vento ao ouvido: Tudo aqui dentro é festa.

Estou aprendendo a alvorecer em mim, a qualquer hora, e sem regras, indo da noite ao dia com o simples desejo do meu corpo, do meu instinto. 

Olho as pessoas que passam por mim. Não sei dizer o que trazem em teus olhos, mas simplesmente assisto seus caminhos. Algumas me parecem trazer o amor. Outras apenas pressa.

Mas nos meus, eu carrego unicamente esse amor, como algo que envaidece, me faz suplicar o seu âmago. É tudo o que eu sei sentir. Anseio por todos os seus beijos, desenho todos os seus jeitos. Esculpo em mim, e faço imortal.

Eterno.

Deixo hoje, as minhas marcas gravadas no tempo. Como contos de amor que vagam sem sina, sem fim.